As crianças nos dias atuais já sofrem com os apelos do mundo do consumo. Nesse cenário, o conflito entre querer, poder, merecer e precisar se mistura na vida do pequeno e pode se transformar em um caos momentâneo. As ofertas são inúmeras, dia das crianças chegando e o comercio já se mobiliza para não faltar nada aos olhos e aos bolsos de plantão. Quem nunca viu uma criança chorando em uma loja, se jogando no chão, dando um verdadeiro “chilique” porque queria determinado brinquedo? Esse tipo de situação é um sinal de alerta que algo não vai bem, um alarme que soa e faz com que os pais despertem para a educação financeira dos filhos.

Ensinar as crianças a origem do dinheiro e como utilizar de forma sustentável, é um dos objetivos da educação financeira, pois quem gasta mal e sem planejamento terá menos reservas no futuro. A intenção é que as nossas crianças se tornem adultos que saibam lidar com o dinheiro, planejar os gastos dentro do orçamento disponível, ficar longe de dívidas e ter reservas financeiras. “O estímulo não é para que as crianças queiram ser ricas, mas para que elas saibam lidar com o dinheiro no seu dia a dia. Isso fará com que elas tenham menos problemas financeiros, logo terão menos estresse e assim terão mais qualidade de vida”, explica o autor de livros de educação infantil para o ensino médio e especialista no tema, Álvaro Morelli.

As escolas têm como contribuir de forma muito significativa ao educar os alunos financeiramente, pois eles levarão esse conhecimento para suas famílias e todo o seu entorno.

E esse foi um dos motivos pelos quais a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incluiu a Educação Financeira entre os temas transversais que deverão constar nos currículos de todo o Brasil. É o que institui o texto introdutório do documento, homologado pelo Ministério da Educação (MEC) em dezembro de 2017 e que passará a ser obrigatório em todas as escolas a partir de 2020.

Como benefícios de termos crianças financeiramente educadas, destacam-se:

– Formar cidadãos conscientes;

– Ensinar a consumir e a poupar de modo ético, consciente e responsável;

– Oferecer conceitos e ferramentas para a tomada de decisão autônoma baseada em mudança de atitude;

– Ensinar a planejar a curto, médio e longo prazos;

– Desenvolver a cultura da prevenção, ou seja, poupar para a longevidade!

 Juliana Barbosa Vaz